
Se é atual e teve sentimento então publico
Um Governo à deriva
A semana que ontem terminou ficou marcada pelo intensificar da subida da taxa de juro das obrigações do Tesouro com o mercado secundário a antecipar taxas que a manterem-se durante algum tempo serão incomportavéis para o estado português.
Com países como a China e Timor-Leste interessados em comprar divída pública portuguesa e ajudar do lado da procura ao não agravar da crise portuguesa, a Irlanda vê-se a braços com pressões dos maiores países da comunidade, designadamente a Alemanha e França (se bem que esta mais preocupada com a crise no seu governo), para aceder a pedir ajuda à comunidade europeia e ao FMI.
Entretanto, entre-muros Portugal às portas de uma cimeira da NATO que poderá trazer desacatos com radicais a assentar arraiais pelo nossa capital e em vésperas daquela que se prever vir a ser uma greve geral com uma elevada adesão.
No seio do governo o desnorte é notório, as contradições constantes e o recuo em medidas anteriormente definidas são constantes.
Num dos maiores ministérios (o dos Transportes e Obras Públicas), o seu ministro já se recusa a comentar publicamente os avanços e recuos na politica do seu ministério. O TGV ora tem 5 linhas, ora recua para 2, depois já não vem para a capital e fica pelo Poceirão e a manter a intensão de avançar com o projecto, daqui por uns meses só haverá dinheiro para chegar a Évora e meses depois só até Elvas.
Foi uma semana marcada igualmente pelo número de despedimento, só entre aquelas que foram mais divulgadas os números ascendem a perto de 750 pessoas. 336 na Grandforce, mais 70 na Maconde, perto de 200 na Valsan (uma empresa metalomecânica) e mais 70 nas páginas amarelas. As famílias irão passar um natal menos risonho e os encargos em subsídios de desemprego a crescer a ritmo considerável. Para tentar contrabalançar a Segurança Social esta a chamar os desempregados com menores habilitações para inscrições nas novas oportunidades e reduzir os custos com o subsídio.
Finalmente, a entrevista do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado veio admitir que o governo do qual faz parte sozinho já não consegue contornar a crise e que o melhor seria uma coligação PS-PSD e PP num governo de salvação nacional e que tal só seria possível com a saída de Sócrates. Logo o próprio veio referir a impossibilidade de tal se verificar.
Se os próprios membros do governo já não acreditam nas suas capacidades ainda existirá alguém que acredite neles ? .....