Se é atual e teve sentimento então publico

Juros da dívida perto dos 7%

08-11-2010 16:09

Portugal prepara-se para depois de amanhã pagar a mais alta taxa de juro na última emissão deste ano de Obrigações do Tesouro. A taxa aproxima-se perigosamente de um valor que começa a ser incomportável pagar e que deixa o país debaixo de fogo cruzado dos mercados.

Teixeira dos Santos admitiu recentemente que uma vez ultrapassada a fasquia dos 7% seria muito difícil Portugal não recorrer ao apoio da ajuda internacional e aquilo que se verifica é que, apesar do acordo obtido entre os dois maiores partidos representados no parlamento português que permitiu viabilizar o orçamento de 2011, essa confiança que essa viabilização poderia trazer não passou para os mercados.

Neste momento, ou após esta emissão de dívida os mercados acalmam - dado que teremos praticamente pela frente 2 meses sem qualquer emissão -, e a situação é mantida com as medidas severas de austeridade já conhecidas, ou o nível da taxa de juro continua a sua progressão e Portugal terá de suspender estas emissões de dívida e recorrer ao FMI e à ajuda comunitária e sujeitar-se a medidas ainda mais duras que aquelas já conhecidas.

Quando a taxa de juro indicadora do Banco Central Europeu se manteve inalterada em 1%, Portugal paga a 10 anos taxas incomportaveis atualmente e segue na linha da frente dos países cujo incumprimento é mais provável verificar-se.

E com estes políticos e estas politícas penso que não será tão sendo que deste marasmo o país saía. Resta-nos esperar que ponham fim aos projectos faronicos para a dimensão do nosso país e às famosas Parecerias Público-Privadas porque caso contrário o futuro dos nossos filhos não será nada risonho.

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